Na última semana, o ex-presidente Donald Trump surpreendeu os mercados ao assinar uma ordem executiva que estabelece uma reserva estratégica de Bitcoin para os Estados Unidos. A medida, anunciada durante um evento em Miami, marca um marco na relação entre governos e criptomoedas, posicionando o Bitcoin não apenas como um ativo especulativo, mas como um elemento estratégico de poder nacional .
Trump destacou em seu discurso que o Bitcoin é “a criptomoeda original e a mais resiliente” , destacando sua capacidade de operar sem controle centralizado. Essa característica, segundo ele, alinha-se aos princípios de liberdade financeira e inovação que os EUA desejam promover globalmente. A reserva estratégica, semelhante às reservas de ouro ou petróleo, visa garantir que o país mantenha influência em um mundo cada vez mais digitalizado.
A decisão ocorre em um momento de tensões geopolíticas e discussões sobre o papel do dólar americano. Com nações como China e Rússia explorando moedas digitais próprias, os EUA buscam reafirmar sua liderança. “Não podemos permitir que adversários usem a tecnologia blockchain para minar nossa hegemonia” , afirmou um assessor da Casa Branca sob anonimato.
Apesar do otimismo, a iniciativa enfrenta ceticismo. Ambientalistas alertam para o alto consumo energético das minerações de Bitcoin, enquanto economistas questionam a volatilidade do ativo. “É arriscado vincular a estabilidade financeira nacional a um mercado tão imprevisível” , argumentou a economista Karen Petrou em entrevista à Bloomberg .
A reserva estratégica pode incentivar outros países a adotarem políticas semelhantes, acelerando a tokenização da economia global . Para Trump, trata-se de um passo para “proteger os cidadãos de um sistema monetário obsoleto” . Já para o mercado, a medida sinaliza maior legitimidade às criptomoedas, potencialmente atraindo investidores institucionais.
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